Não sou filho de senhor de engenho
Eu trabalho na palha da cana
Quatro horas da manhã, pai acorda pra trabalhar
Minha mãe vem me chamar na cozinha faz o café
A enxada na parede em pé ele pega e vai amolar
E os bicho pra amarrar, deixa a cabra no mato amarrada
Vem ligeiro e pega o facão pra cortar a cana queimada
No engenho tem limpagem de mato
Escavação de terra pra plantar
Cambiteiro a cana vai pegar
Tem empeleiteiro, o cabo e feitor
Carro-de-boi, carreiro, operador
O trabalho no campo é pesado
Na mão a foice faz calo
Ticuqueiro dá duro, o suor pinga
Bota o feixe de cana no caminhão
Leva pra moer na usina